A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente o fim da emergĂȘncia sanitĂĄria da pandemia da covid-19 nesta sexta-feira, 5. A decisão acontece após o 15° encontro do ComitĂȘ de EmergĂȘncia da OMS e foi anunciada pelo diretor-geral da agĂȘncia, Tedros Adhanom.
O ComitĂȘ destacou a tendĂȘncia decrescente nas mortes, hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva pela covid-19 e os altos níveis de imunidade da população ao vírus, com 13.3 bilhões de doses da vacina administradas globalmente.
Em função disso, o diretor-geral determinou que a doença é um problema de saúde estabilizado e que não constitui mais uma emergĂȘncia pública de interesse internacional.
"O ComitĂȘ reconhece que, embora o vírus da covid-19 esteja e continue circulando amplamente e evoluindo, não é mais um evento incomum ou inesperado", afirma trecho de nota da OMS no site oficial da organização.
Segundo dados da OMS, foram 1.221 dias de vigilância e combate à pandemia. Desde a declaração de emergĂȘncia em nível mĂĄximo na saúde pública mundial, em 30 de janeiro de 2020, cerca de 7 milhões de pessoas morreram em decorrĂȘncia da doença, de acordo com quadro da organização em 3 de maio.
No entanto, Adhanom pediu para se manter cautela. Segundo publicação da OMS em suas redes sociais, as variantes ainda estão presentes e continuam a causar mortes. Por isso, os países precisarão fazer a transição do modo de emergĂȘncia para o de gerenciamento da Covid-19 a longo prazo, juntamente com outras doenças infecciosas.
"A pior coisa que qualquer país pode fazer agora é usar esta notícia como motivo para baixar a guarda, para desmantelar os sistemas que construiu ou para enviar a mensagem ao seu povo de que a covid-19 não é motivo de preocupação", pontuou o diretor-geral.
O Dia