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Tragédia em Petrópolis

Em sessão extraordinária, deputados da Alerj aprovam repasse de R$ 30 milhões às vítimas da tragédia de Petrópolis

Recurso financeiro Ă© do Fundo Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro


O temporal atingiu o município nessa terça-feira (15)

Deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovaram em sessão extraordinĂĄria nessa quarta-feira (16), o repasse de R$ 30 milhões ao municĂ­pio de Petrópolis, na Região Serrana do Estado. Um temporal ocorrido nessa terça-feira (15), deixou 78 mortos até o momento. Pelo menos, 35 pessoas ainda estão desaparecidas.

O recurso financeiro é do Fundo Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O Projeto de Lei nÂș 5412/2022, de autoria do deputado André Ceciliano (PT), presidente da Alerj, possui assinatura de 65 parlamentares. Entre eles, o deputado Chico Machado (PSD). Durante a sessão, o parlamentar afirmou que esteve reunido com lĂ­deres para discutir medidas urgentes a serem tomadas para amparar toda a população petropolitana, uma delas, foi o repasse de R$ 30 milhões do fundo da Alerj para Petrópolis. Chico Machado parabenizou a iniciativa do projeto, do presidente André Ceciliano. "Parabenizo também aos colegas parlamentares por se unirem nessa causa tão importante. Parabenizo também o governador do Estado do Rio de Janeiro, ClĂĄudio Castro, que disponibilizou todo o secretariado nesse momento e o prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo, pelo brilhante trabalho", declarou o parlamentar.

Chico Machado ressaltou ainda que a prioridade, no momento, é ajudar cada vĂ­tima do temporal. "Enalteço também o trabalho da PolĂ­cia Militar e o Corpo de Bombeiros, que são verdadeiros guerreiros e heróis da sociedade. Que Deus abençoe cada um que estĂĄ prestando todo o suporte para socorrer todas as vĂ­timas", concluiu.

O presidente da Alerj, André Ceciliano, visitou na noite dessa terça-feira (15) a cidade de Petrópolis, para ajudar as autoridades locais em ações emergenciais. "Estivemos em Petrópolis com o governador ClĂĄudio Castro e o secretĂĄrio de Estado de Obras, Max Lemos, acompanhando as ações dos bombeiros em apoio à população após enxurrada e deslizamentos de terra. Nosso foco é prestar todo apoio para o socorro às vĂ­timas. Neste momento, estamos unindo Legislativo e Executivo para ajudar a população no que for preciso", declarou Ceciliano.

Temporal e locais atingidos

No local conhecido como Morro da Oficina, no Alto da Serra, a Defesa Civil estima que 80 casas tenham sido afetadas. Em outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e nas ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga também hĂĄ registros de ocorrĂȘncias. Foram mobilizados agentes de diversas secretarias, como de Obras, Serviço, Segurança e Ordem PĂșblica, SaĂșde, Educação, além da Companhia Municipal do Desenvolvimento de Petrópolis e CPTrans para atender a população.

Até a Ășltima atualização da Defesa Civil, 184 pessoas estão recebendo suporte da prefeitura nos pontos de apoio, que foram abertos no Centro, São Sebastião, Vila Felipe, Alto IndependĂȘncia, Bingen, Dr. Thouzete e ChĂĄcara Flora."Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas ĂĄreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem", destacou o secretĂĄrio de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers. Em caso de emergĂȘncia, a Defesa Civil orientar ligar 199.

Em uma hora choveu 113 milĂ­metros em Petrópolis – em seis horas, a chuva atingiu 175 milĂ­metros, o equivalente a um mĂȘs inteiro. Além de dezenas de pontos de alagamento, o temporal arrastou carros e causou a queda de barreiras.

A Rodovia Rio-Petrópolis foi parcialmente interditada na altura do km 82, nas imediações do terminal rodoviĂĄrio do Bingen, devido à queda de uma barreira. A prefeitura informou ainda ter decretado estado de calamidade pĂșblica em virtude das fortes chuvas que afetaram a cidade. "Equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento de vĂ­timas. Além da Defesa Civil, agentes da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis, de Serviços, Segurança e Ordem PĂșblica, de Obras e de demais ĂĄreas do governo seguem no suporte às 95 ocorrĂȘncias registradas até o momento".

Segundo a prefeitura, trechos inundados ou alagados por causa do volume elevado de chuva começaram a ser liberados, facilitando o acesso do socorro por parte dos órgãos competentes, como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. O nĂșcleo de chuva que atuou no municĂ­pio se afastou da cidade no fim desta terça-feira, segundo a prefeitura, mas permanece a previsão de chuva nas próximas horas, com intensidade fraca a moderada.

A maior parte dos deslizamentos foi registrada nas localidades do Quitandinha, Alto da Serra, Castelânea, Centro, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e ChĂĄcara Flora. Houve alagamentos por diversos pontos da cidade – os 11 registrados pela Defesa Civil foram das regiões do Alto da Serra, CorrĂȘas, Centro e Mosela.

Em 2011, as fortes chuvas na Região Serrana do Rio deixaram mais de 900 mortos. É considerada a maior tragédia climĂĄtica da história do Brasil. Em 2001, foram 57 mortos em Petrópolis. Em 2013, outra tragédia por causa da chuva, com 33 mortos.


Foto: Divulgação




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