Uma mulher identificada como Mary Dear, relata ter sofrido abusos desde os dois anos de idade dentro de uma seita religiosa. A seita era liderada por um homem chamado Berg, que escolheu seu nome e predefiniu seu futuro. Mary Dear teve sua infância narrada em publicações da seita, que eram distribuídas mundialmente.
Os abusos, segundo seu relato, começaram aos dois anos, praticados por Berg e outros homens, sem qualquer intervenção. Aos quatro anos, foi enviada com sua mãe e irmã para o Japão, onde foi separada da família e submetida a mais abusos físicos e psicológicos.
No Japão, Mary Dear tomou conhecimento de outros casos de maus tratos contra crianças, que eram treinadas para formar um "Exército de Deus". Aos seis anos, em 1989, mudou-se com a mãe e a irmã para o Brasil, nunca mais vendo Berg.
No Brasil, a situação não melhorou. Mary Dear foi preparada para integrar uma milícia para o apocalipse e forçada a pedir dinheiro nas ruas. Sua mãe, por outro lado, ocupava uma posição de poder dentro da seita no Rio de Janeiro.
Aos 11 anos, Berg faleceu e foi enterrado em Portugal, sem nunca ter sido responsabilizado pelas acusações de abuso sexual. Mary Dear se sentia cada vez mais desesperada e desejava escapar, mas não tinha recursos financeiros nem acesso à comunicação.
Atos de rebeldia, como cortar o cabelo e usar roupas largas (atitudes proibidas pela seita), eram suas formas de protesto. Mary Dear preferia parecer "feia" para evitar os abusos.
"Minha mãe dizia que eu era uma decepção, mas eu preferia parecer "feia" porque isso significava menos abusos por parte dos meninos e homens ao meu redor" disse Mary Dear ao The Sun.
É chocante como seitas como essa podem manipular e abusar de pessoas, especialmente crianças. Casos como o de Mary Dear revelam a face obscura de grupos extremistas e a importância de denunciar e combater tais práticas. A busca por justiça para as vítimas é fundamental.
*Reportagem produzida com auxílio de IA