BANNER

STJ Surpreende: Bens Apreendidos em Caso de Corrupção Devolvidos!

Ministro do STJ decide liberar bens de magistrados investigados por corrupção após conclusão do inquĂ©rito.

Por RJNEWS em 04/03/2025 às 18:11:49

Em uma decisão que certamente gerarĂĄ debates, o ministro João OtĂĄvio de Noronha, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou a devolução de bens apreendidos na Operação 18 Minutos. A ação da PolĂ­cia Federal investigava suspeitas de corrupção envolvendo membros do Tribunal de Justiça do Maranhão.

A medida beneficia desembargadores e juĂ­zes que foram indiciados por supostas fraudes processuais em troca de propina. Entre os bens liberados estão celulares, computadores, veĂ­culos e joias, que haviam sido apreendidos como parte das investigações.

O ministro Noronha justificou a decisão argumentando que, com o encerramento do inquĂ©rito e a fase de coleta de provas, a retenção dos bens não se mostra mais necessĂĄria. Para ele, as diligĂȘncias investigativas jĂĄ cumpriram seu papel, permitindo que as apurações sigam adiante sem a necessidade de manter as medidas cautelares.

As diligĂȘncias investigativas atingiram sua finalidade, permitindo que as apurações avancem sem a necessidade de perpetuação de medidas cautelares que impliquem o agravamento da situação dos investigados. disse o ministro Noronha.

Noronha tambĂ©m ressaltou que o Código Penal assegura a restituição de itens apreendidos em investigações criminais, desde que não sejam mais Ășteis para o processo investigativo. Ele complementou que as medidas cautelares não podem ser usadas como punição antecipada, devendo estar estritamente ligadas à finalidade processual ou investigativa que justificou sua aplicação.

As medidas cautelares não podem se transvestir em penas antecipadas, devendo permanecer estritamente vinculadas à finalidade processual ou investigativa que justificou sua decretação. complementou o ministro.

A Operação 18 Minutos investigou um esquema de corrupção e fraudes na liberação rĂĄpida de alvarĂĄs para pagamento de honorĂĄrios advocatĂ­cios de valores considerĂĄveis. O nome da operação faz referĂȘncia ao curto espaço de tempo entre uma autorização judicial e o levantamento de uma grande quantia em dinheiro.

Os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida Filho, Nelma Celeste Souza Silva Sarney, Antônio Pacheco Guerreiro Junior e dois juĂ­zes de primeiro grau foram indiciados pela PolĂ­cia Federal. O valor total dos bens apreendidos e do dinheiro bloqueado ultrapassou os R$ 29 milhões.

A decisão do ministro do STJ em devolver os bens apreendidos aos magistrados, mesmo após o indiciamento, levanta questões sobre a efetividade das investigações e o combate à corrupção no judiciĂĄrio. Resta saber se essa medida terĂĄ impacto no andamento do processo e na responsabilização dos envolvidos.

Enquanto isso, a sociedade observa atentamente os desdobramentos desse caso, que expõe fragilidades no sistema judicial e alimenta a desconfiança em relação àqueles que deveriam zelar pela justiça e pela lei.

*Reportagem produzida com auxĂ­lio de IA

Comunicar erro
Corretora

ComentĂĄrios

Zion