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Congrenf X Sindipetro

Congresso debate futuro da Petrobras e celebra aniversário do Sindipetro

Nesta edição do Congrenf, o tema abordado foi "Bacia de Campos: O Futuro do Setor de Petróleo, a Luta dos Trabalhadores e a Defesa da Soberania"


Boff apoia a luta de resgate da Petrobras

A 20ª edição do Congresso dos Petroleiros do Norte Fluminense (Congrenf), trouxe para Macaé nomes de peso da política nacional e do mundo do petróleo, como Leonardo Boff, teólogo, escritor, filósofo e professor universitário; Renato Simões, secretário nacional de Participação Social; Delúbio Soares, sindicalista e ex tesoureiro do PT; e Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras. O evento iniciado nesta terça-feira (2), no teatro do Sindipetro-NF, também celebra o aniversário de 28 anos de fundação da entidade e prossegue até quinta-feira (5).

Nesta edição do Congrenf, o tema abordado foi "Bacia de Campos: O Futuro do Setor de Petróleo, a Luta dos Trabalhadores e a Defesa da Soberania". A mesa de abertura foi mediada pelos diretores do Sindipetro Sergio Borges e Barbara Bezerra. Após a exibição de vídeos institucionais, leitura e aprovação do Regimento Interno, os congressistas ouviram as considerações dos mesários. O sindicalista Delúbio Soares foi o primeiro a falar e ressaltou um sonho comum de todo o povo da esquerda que é a luta pela igualdade. Ele comentou ainda, sobre a trajetória do Partido dos Trabalhadores (PT), que nunca foi aceito pela Direita do país, até o golpe contra a presidenta Dilma.

- O atual governo Lula é um recomeço, mas é necessário fazer diferente. O Brasil mudou muito, porém precisamos recomeçar e ter um projeto para os próximos 20 anos do país. Não podemos pensar que temos políticas permanentes porque já vimos que, se entra um novo governo conservador, nós perdemos tudo. O que precisamos é de um governo para os pobres, porque os ricos não precisam de SUS e nem de escola pública. Temos que assumir o compromisso de atuar politicamente e em 2026 reeleger Lula, e um Congresso mais forte, que melhore as nossas vidas – advertiu o sindicalista.

O ex dirigente da Petrobrás, que participou da ascensão da empresa com a descoberta do pré sal, Guilherme Estrella fez seu comentário. "Somos um povo altamente competente e trabalhador, cuja qualidade é excepcional em prol de uma empresa e um país. Com a descoberta do pré-sal o Brasil foi elevado a uma condição inaceitável pelo grande poder internacional e por isso, a Petrobras foi tão atacada" – frisou, lembrando dos ataques que a Petrobrás recebeu durante o Lava jato e após o golpe na presidente Dilma. "Isso tudo aconteceu porque a Companhia simboliza a competência e a capacitação do povo brasileiro e o compromisso de uma grande empresa com o Brasil" – assegurou.

Segundo Estrela, o Brasil foi destruído nos dois últimos governos. O grande desafio agora é recuperar a empresa. "O governo Lula deu um grande passo nos últimos dias, ao indicar a nova presidência da Petrobras, que já está começando a mudar a companhia. Sinto que renasci na semana passada como petroleiro e cidadão brasileiro quando o governo Lula reassumiu a Petrobrás".

Já Renato Simões alertou a plenária sobre o governo Lula ter assumido um país muito diferente do que deixou, hoje totalmente subalterno ao capital estrangeiro e com a democracia participativa totalmente destruída. "Estamos diante de um país que foi reformado para tirar o povo brasileiro do Estado. As estatais que temos hoje, não são as mesmas de 2016, nem o Congresso. É necessário que a sociedade faça um pacto de reconstrução nacional e recupere os espaços dos movimentos sociais e com a construção de uma agenda mínima", assinalou.

Por sua vez, Leonardo Boff lembrou que em 2015, quando esteve numa atividade de greve no Sindipetro-NF, ganhou o jaleco laranja da categoria que faz questão de usar em lives internacionais pelo orgulho do que representa. "Vim aqui para apoiar a luta de vocês que se trata de resgatar aquilo que é nosso, que é a Petrobrás que é do Brasil e do povo brasileiro!" – revelou.

Ele avaliou o gesto de Lula nos últimos dias em relação à Petrobrás e alertou quanto à desigualdade. "Foi de suprema autoridade e determinação, reassumindo a Petrobrás como do povo brasileiro, um símbolo da soberania nacional. Acho fundamental aumentar a consciência política progressista e libertadora que vem das bases, dos trabalhadores do campo ou da cidade, que sofrem grandes opressões. Temos que pressionar para que a desigualdade social não seja tão perversa" – apontou.

O teólogo disse ainda à reportagem do RJNews que com a retomada da Petrobras acredita na participação democrática: "Eu creio que há uma nova consciência de participação democrática com o resgate dos valores fundamentais de nosso país que é Petrobras, que não só produz petróleo e gás, mas muita ciência, pesquisa, tecnologia e muitos bens culturais, apoiando projetos do futuro. Tudo isso vai crescendo com a consciência clara de que o presidente teve a coragem de reassumir a direção da Petrobras e fazer novamente uma defesa de um país e sua soberania em benefício de todo povo brasileiro", sustentou Boff.

Aniversário do Sindipetro - Os 28 anos do Sindipetro foi festejado no primeiro dia do Congrenf, com um jantar e a animação do Grupo de Samba Biguá. A coordenadora de Cultura, Bárbara Bezerra, elencou algumas lutas e vitórias do Sindicato. "É importante a gente resgatar essa necessidade de celebrar. O Sindipetro completa 28 anos de lutas, conquistas, avanços e retrocessos também, porque a luta nem sempre é feita de vitórias. Agora, nós somos um grande sindicato, onde já conseguimos reverter, por exemplo, multas por causa de greves e outras causas, porque somos um sindicato cidadão e participativo, não só para a categoria petroleira ou para aquele trabalhador que está na área de trabalho. Nós queremos nos envolver aonde as pessoas moram, na localidade onde estamos inseridos, com campanhas solidárias, como a do gás a preço justo, entre outras conquistas, buscando mais justiça social e igualdade para todos", assegurou.

O Congrenf prossegue nesta quarta-feira (3) com a seguinte programação:

Dia 03
8h30 – Mística com MST. Às 9h – Mesa 2 – Caminhos para o mundo que queremos – Fortalecer os Petroleiros para fortalecer o Brasil – Delúbio Soares (Sindicalista e Ex tesoureiro do PT e da CUT), Transição energética e ecologia – Leonardo Boff, (Teólogo, escritor, filósofo e professor universitário), Margem Equatorial – Rosangela Buzanelli (Representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás). Mediação: Diretor Johnny Souza e Diretora Giovana Soares.
11h – Almoço. Às 13h30 – Mesa 3 – Um diagnóstico de exploração e produção da Bacia de Campos. Francismar Ferreira (Pesquisador do Ineep) e Carlos Takashi (Pesquisador do Dieese). E Eliana Felix (Fiocruz): Resistência coletiva, trabalho e saúde do trabalhador. Mediação: Diretora Leide Morgado e Diretora Eliane Carvalho.
15h30 – Coffee Break. Às 16h – Discussão dos grupos de trabalho: 1) Acordo de Parada Nacional; 2) GT Plano de Cargos; 3) GT PLR / PPP; 4) GT Petros; 5) AMS.
19h30 – Jantar.

Dia 04/07
8h30 – Finalização dos Grupos, Propostas, Teses e Moções.
11h30 – Apresentação e Aprovação da Chapa para o PlenaFUP (Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros) 2024. Às12h30 – Encerramento.

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Jornalista Lourdes Acosta

Com assessoria Sindipetro (Jornalista Fernanda Viseu).

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