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Economia

Pequenas e médias empresas são os grandes motores da economia


Pequenas e médias empresas representam 30% do PIB nacional
As pequenas e microempresas (PMEs) e os microempreendedores individuais (MEIs) representam uma força vital na economia brasileira. Segundo dados do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, o País tem 21.943.590 empresas ativas no País, sendo que 93,6% delas são consideradas dentro do universo das micro e pequenas empresas.
As PMEs respondem por aproximadamente 30% do PIB brasileiro. Além disso, elas geram cerca de 55% dos empregos formais no País, ocupando mais de 16 milhões de pessoas. Os MEIs, por sua vez, somam mais de 11 milhões de registros, conforme dados do Portal do Empreendedor. Essa categoria tem sido uma válvula de escape para muitos brasileiros que buscam uma alternativa ao mercado de trabalho tradicional.

Somente em abril, o setor foi responsável por um total de 155.725 novas contratações, ou 64,9% de todos os empregos gerados no país no período, enquanto as médias e grandes empresas contribuíram com 69.494 novos postos de trabalho, o que corresponde a 29,0% do total. No acumulado do ano, as admissões pelas PMEs equivalem a 61,3% do total de empregos gerados ou 588.133 vagas criadas, dentro do universo de 958.425 novas contratações gerais.

O Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas, que analisa o rendimento médio mensal de mais de 87 mil PMEs brasileiras com renda de até R$ 50 milhões anuais, revela que em 2023 esses negócios registraram um crescimento de faturamento duas vezes maior que o do Produto Interno Bruto (PIB), alcançando uma elevação de 7%.
Os pequenos negócios, que respondem por 95% de todos os CNPJs do país, criaram oito em cada dez empregos formais criados na economia, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No entanto os resultados positivos contrastam com a realidade de outras grandes economias, onde os pequenos negócios têm uma participação mais decisiva no PIB. Nos Estados Unidos, essas empresas respondem por cerca de 50% do total das riquezas do país, enquanto na França representam aproximadamente 60% do montante.
Capital
De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, em 2021, na cidade do Rio de Janeiro havia 98,2 mil microempresas, 21 mil empresas de pequeno porte e 2,6 mil empresas de médio porte e 2,1 mil empresas grandes. Em termos percentuais, as microempresas representavam 79,3% do total de empresas cariocas; as empresas de médio porte, 16,9%; as de médio porte, 2,1%.

Em relação ao emprego, foram registrados 2,1 milhões de vínculos empregatícios formais na capital. Desse total, 290,5 mil (13,8%) eram de microempresas, 438,3 mil (20,8%) eram de empresas de pequeno porte, 213,8 mil (10,1%) em empresas médias, e a maioria 1,2 milhões (55,3%) eram empregados de grandes empresas.
Entre janeiro de 2021 e abril de 2024, segundo os dados do Caged, houve um saldo positivo de 288,1 mil empregos na capital fluminense. Desse total, quase 70% (200,7 mil) dos empregos foram gerados por microempresas. Dentre as empresas de pequeno porte, o saldo foi negativo (-160). Já as empresas médias registraram saldo positivo de 13,9 mil empregos (4,8%).

Panorama fluminense
De acordo com o Sebrae Rio, há no País mais de 21 milhões de pequenos negócios — MEI (12,1 milhões), Microempresa (7,3 milhões) e Empresas de Pequeno Porte (1,5 milhão). Elas estão distribuídas por setores: serviços (45,40%), comércio (29,52%), indústria (17,11%), economia criativa (4,27%), turismo (2,67%) e agropecuária (0,99%).

Além disso, em 2023 foram criadas 859 mil micro e pequenas empresas, uma alta de 6,62% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 805,6 mil novos empreendimentos.
De acordo com Glauco Nunes, coordenador do Sebrae Rio, o cenário macroeconômico em geral aponta para uma certa estabilidade e previsibilidade, o que é bom para planejar um novo negócio. Ele destaca o foco na sustentabilidade e tecnologia como uma tendência para os empreendimentos.

"Hoje, há cada vez mais regras de compromisso e responsabilidade das empresas sustentáveis, que ganham espaço e visibilidade, com a origem e o destino dos insumos utilizados. Além disso, as novas tecnologias como as inteligências artificiais generativas estão cada vez mais acessíveis, aumentando a produtividade e no ganho de escala dos empreendimentos", explica.

Apesar de sua importância, as PMEs e os MEIs enfrentam diversas dificuldades. Entre os principais desafios, estão a competição acirrada, a burocracia e a dificuldade de conseguir crédito.
Luis Paulo Reis, 34 anos, é proprietário há um ano de uma casa de shows na Penha, na Zona Norte, e destaca a importância das pequenas e microempresas para a economia. "Os pequenos negócios são a espinha dorsal do País, porque geram empregos e movimentam a economia local. No meu caso, empregamos cerca de 30 funcionários entre fixos e temporários aqui no bairro. É um grande dever ser responsável por essas famílias", diz.

Para o empresário, o impacto das pequenas e microempresas vai além da criação de postos de trabalho. "Hoje em dia a competição, principalmente no meu setor, é muito grande. Então nós estamos sempre buscando novas formas de atrair clientes e melhorar nossos serviços. Isso não só beneficia nossos negócios, mas também enriquece a economia da região como um todo, porque todo mundo quer garantir a sua clientela", afirmou.

Crédito em crescimento
Apesar das dificuldades para investir no negócio, o acesso ao crédito vem crescendo no último ano. É o que mostra o total de financiamentos concedidos pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN) às micro, pequenas e médias empresas que atingiu R$1,038 trilhão, um avanço de 5,5% em relação à posição de abril/23.

Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o cenário favorável está alinhado com a redução gradual da taxa Selic.

"Vemos avanços no grau de confiança das MPEs no primeiro trimestre de 2024 em comparação com 2023, a inadimplência vem sofrendo desaceleração, com um crescimento abaixo do ritmo médio histórico, a geração de emprego formal pelas micro e pequenas empresas está maior neste início de 2024 quando comparado com o mesmo período do ano passado e, por fim, as condições de crédito estão saindo do território restritivo às MPEs do passado. A visão é positiva uma vez que os indicadores seguirem essa tendencia", destaca.

Iniciativas
Diversas iniciativas e programas ajudam os pequenos e médios empresários a desenvolverem seus negócios. O Sebrae disponibiliza o Prointer Bio&Tech um programa de aceleração e internacionalização de pequenos negócios de base tecnológica em bioeconomia. Já o Proglobal é voltado para os setores de alimentos e bebidas, moda e acessórios, saúde e beleza, e serviços, que desejam internacionalizar seu negócio. A instituição também está presente em 21 complexos de favelas do Rio de Janeiro, com nove projetos que promovem economia competitiva, sustentável e inclusiva.
Já o Sebrae Delas atende 350 empreendedores, oferecendo 50 horas de capacitações focadas em habilidades comportamentais, gestão de marca, finanças, processos, marketing digital e gestão comercial, além de encontros de networking e até 20 horas de consultoria. A Escola de Negócios trabalha com projetos instrucionais inovadores para capacitações presenciais, soluções digitais ou híbridas.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social promove diversas ações focadas no empreendedorismo e no fortalecimento de pequenas e médias empresas. De acordo com a pasta, o Desenvolve RJ é um dos principais programas, realizando encontros em todo o Estado para debater vocações, oportunidades, investimentos e desafios regionais. Esses eventos já aconteceram em cidades como Itaboraí, Macaé, Teresópolis e Búzios.

No âmbito do Desenvolve RJ, as rodadas do Compra RJ aproximam pequenas e médias empresas de grandes empresas e prefeituras, gerando oportunidades de negócios. Em 2021 e 2022, essas rodadas resultaram em mais de R$ 218 milhões em negócios potenciais, e em 2023, alcançaram R$ 100 milhões.
O programa Empreenda+Mulher, em parceria com a Secretaria da Mulher, apoia o empreendedorismo feminino com mapeamento de oportunidades, oferta de crédito e capacitação. Rodadas de negócios exclusivas para empresas lideradas por empreendedoras geraram R$ 6,7 milhões em negócios futuros no ano passado, com eventos realizados este ano em Três Rios, Niterói e Itatiaia.

AgeRio

A AgeRio, agência de fomento vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (Sedeics), conta com linhas de crédito para pequenas e médias empresas desenvolverem seus negócios.
Pequenas empresas:

Microcrédito MPE: para pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Prazo: até 36 meses. Carência: até seis meses. Crédito de até R$ 21 mil. Itens financiáveis: capital de giro, insumos e estoques.
Giro Produtivo até R$ 500 mil: linha de crédito destinada para empresas estabelecidas no Estado há pelo menos dois anos e faturamento de até R$ 4,8 milhões. Prazo: até 60 meses. Carência: até 12 meses. Crédito de até R$ 500 mil. Itens financiáveis: capital de giro, insumos e estoques.

Elas em Foco: linha de crédito destinada para pequenas empresas com mais de 50% de mulheres na composição societária há mais de seis meses. Prazo: até 60 meses. Carência: até 12 meses. Crédito até R$ 50 mil.
Turismo: pequenas empresas do setor de turismo que estejam estabelecidas no Estado. Prazo: até 72 meses. Carência: até 18 meses. Crédito até R$ 500 mil. Item financiável: capital de giro.

Médias empresas:

Giro: crédito destinado para empresas com faturamento acima de R$ 5 milhões ao ano. Prazo: até 60 meses. Carência: até 12 meses. Crédito até R$ 3 milhões. Itens financiáveis: capital de giro, mercadorias e insumos.
Crédito Estruturado: linha de crédito destinada para empresas estabelecidas no Rio de Janeiro com mais de três anos de faturamento acima de R$ 4,8 milhões. Prazo: até 60 meses. Carência: até 18 meses. Crédito até R$ 10 milhões. Itens financiáveis: obras, expansão, novos produtos, equipamentos e ecoeficiência, entre outros.
Turismo: médias empresas do setor de turismo que estejam estabelecidas no Estado. Prazo: até 72 meses. Carência: até 18 meses. Crédito até R$ 10 milhões. Itens financiáveis: capital de giro, mercadorias, materiais e equipamentos (ecoeficiência).
Para solicitar, basta acessar o site da agência: www.agerio.com.br

O Dia

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